junho 27, 2010

Saudade que dói

Preciso me recuperar desse fim de semana.
Eu sabia que olhar pro passado poderia me deixar confusa, saudosista, pensativa...

E em tantas idas a Petrópolis eu nunca tive os pensamentos que tive dessa vez, de saudade. De voltar no tempo só de fechar os olhos...de ficar pensando: aqui vivi isso, aqui vivi aquilo. Conviver com quem fez história no passado por alguns momentos, minutos, me trouxe à memória fatos, lugares, cheiros, pessoas, sons...

Daí que ouvir músicas antigas ao sair da cidade me trouxe um turbilhão de pensamentos de uma vez só. Músicas que marcaram fases diferentes, que dividi com pessoas que acreditavam que seriam meus amigos pra sempre e hoje me perguntava por onde eles andariam.
Vim descendo a serra ouvindo e pensando, lembrando da minha vida nos sete anos que morei em Petrópolis e as músicas me faziam sentir saudade de um período, uma época muito perfeita na minha vida. Meus 16, 17 anos...anos de 2002 e 2003. Vim lembrando, mas não de fatos, e sim lembrando da minha casa, da minha rotina, de como era Petrópolis. Me deu uma saudade tão grande! Invadiu o peito e logo as lágrimas vieram...foi um aviso que realmente aquele havia sido o melhor momento da minha vida  e que sete ou oito anos depois eu havia entendido a importância daquilo.

Saí da cidade sabendo que lá estavam minhas lembranças, de momentos bons e ruins. Uma saudade invadia, tomava conta de mim...as músicas me traziam mais lembranças, uma saudade incrível de algo que não volta nunca mais. Minha casa, minha rotina, a vida escolar, os amigos todos os dias, a liberdade de viver.

E que pensando em tudo isso avistei uma lua cheia incrível no céu como há anos eu não via, e costumava ver na minha casa em Petrópolis. Uma lua cheia grande, baixa e bem amarela. Era um sinal.
Na minha casa eu tinha uma vista incrível e todos os dias, por volta das 18h, eu ia para o muro que tinha vista pra lua e ficava lá pensando em tudo. Eu sempre amei muito fazer isso e mesmo quando fui morar em apartamento, ainda em Petrópolis, eu ia pra janela que tinha vista e ficava lá pensando em tudo.

Era meu momento, onde eu gravava a vida.

E quando vi aquela lua no final da estrada, me encheu o peito uma alegria misturada com saudade. E a música que tocou não poderia ter sido uma melhor, do que aquela que realmente marcou um momento livre na minha vida, onde eu olhava a lua, cantava ela, pensava em tudo que estava passando...era o melhor momento da minha vida!

Entendi que foi um recado de Deus, que sempre me observou e sempre me teve de perto naquela época. Onde eu era mais próxima Dele.

Olhando a lua, como eu sempre fazia, sentindo saudade da vida que tinha, das pessoas que andavam o mesmo caminho que eu...a saudade doeu.
Não volta mais e eu só sei agradecer por tudo que vivi. Pelo lugar que cresci e por ter a chance de reviver isso.

A gente só vive uma vez. Uma vez só se pode ter e viver uma fase. Guardo aquela como meu tesouro mais precioso.
E essa saudade, essas lembranças ninguém pode tirar de mim.

Priscilla
Priscilla

Mãe, esposa, jornalista e dona de casa. Adora cuidar do lar, de música e gatos. Aquela dos olhos coloridos.

3 comentários:

  1. Oi Pri, sempre que eu vou pra minha cidade tb são tantas lembranças...
    bjus

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  2. Adoro essa música, Pri!!! Ela é toque do meu celular.

    Lindona, saudade dói mesmo, mas faz parte, né?! O que nos resta é seguir com a boa saudade, aquela que nos faz bem relembrar...

    Bjks

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  3. Poderia dar um retweet nesse post. Como eu queroa que momentos, pessoas e coisas pudessem voltar. A musica foi uma perfeita escolha.

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