Entre ser leal e fazer papel de otário

Das coisas que mais tenho pensado ultimamente é sobre pessoas que andam ao nosso lado mesmo que nós não mereçamos a companhia. Tipo família, você pode fazer o que for, eles vão sempre estar ali para o que der e vier (com exceção de alguns casos).

Uma vez minha irmã me falou que uma das coisas que ela mais admirava em mim era minha lealdade. Muitas pessoas sacanearam comigo, foram falsas e eu nunca demonstrei nada que pudesse dar razão a estas pessoas, mesmo quando elas faziam por merecer. 

Eu sempre soube de muitas coisas e mesmo com certas pessoas detonando minha vida em público, me acusando, xingando e falando mal, eu reagia não contando os podres que eu sabia (e que são muitos, daqueles que podem fazer o castelinho delas ruírem). Eu me defendia sem precisar atacar. Me pergunto até onde essa lealdade é ingenuidade. 

Seria eu uma espécie de imbecil ou seria muito esperta de não me rebaixar como fizeram? Que seja, sei que estou com a consciência tranquila de que, digam o que for, eu nunca contarei pra ninguém. Toda vez que alguém fala: “não conta pra ninguém” eu fico ofendida. Ora, se você está contando pra mim, quem deve saber sou eu, não é? Se fosse o contrário você contaria num blog, no status do Facebook!

Daí volto ao questionamento inicial, de fazer companhia pra quem não merece. Essa minha lealdade não pode ser sem fronteiras. Faça o que for e eu estarei ao seu lado. Cansei de ser boazinha. Posso não contar os podres, mas cansei de ficar ao lado de quem magoa, mente e machuca. 

Uma amizade assim não vale a pena ser prolongada. As pessoas tem de fazer por merecer, não dá pra simplesmente zoar a vida e querer que ela continue rindo pra você. Do que depender de mim o revés está sendo feito agora. Não sou eu mais que vou andar ao lado, como um cão guia. Se quiser, que venha comigo.