junho 21, 2014

O festival de grosseria e indireta no Facebook

Nos últimos meses tenho pensado constantemente em sair do Facebook. Todas as vezes que sento na frente do computador e vejo a minha timeline me dá uma desesperança na humanidade. São agressões verbais desnecessárias por pura criancice de não aceitar a opinião alheia. É o festival de indiretas que acaba atingindo até quem não tem nada a ver.

Desde o meu último aniversário eu ando mais seletiva e fiz uma limpa nos contatos a fim de tardar minha saída definitiva daquela rede social. Se o que me incomodava era os comentários das pessoas, bastava para exclui-las de lá. Porque eu parto do princípio que se é pra cancelar assinatura no feed, tira logo a pessoa! Se você não quer ler e não se interessa pelo que ela diz, porque ainda a mantém nos seus contatos? Falsidade? Traquejo social? Não consigo ser assim, prefiro tirar a fazer cena.

E quando o Gato morreu, em janeiro, fiz outra limpa. Comecei a ver quem realmente se importava comigo e quem tava ali apenas para bisbilhotar e ficar sabendo da vida alheia. Nunca me importei em ter muitos amigos, fazer número, ser popular. Taí o blog que não me deixa mentir, nunca fiz ações para promover ele ao patamar de blog famoso. A limpeza que fiz em janeiro foi do desnecessário. E de lá para cá mais gente tem saído do que entrado.

A verdade é que ainda estou lá apenas por causa da família, que são as únicas pessoas que ainda mandam mensagem, publicam algum conteúdo que vá me interessar e só. Eu poderia ter as mesmas pessoas no whatsapp se todas elas tivessem, mas como com o passar do tempo pode ser que isso ocorra, talvez eu realmente restrinja minha presença na internet a ele. O que mais tenho gostado de usar é o Instagram, que mantenho pelo blog (o meu mesmo pessoal raramente posto). Mas se o festival de indiretas começar por lá é fato que deixarei de seguir tais pessoas.

É muita falta de educação e bom senso generalizar e alfinetar na sua página falando de seus contatos sem citar a pessoa em questão. Você pensa que está falando de um e todos os outros ficam sem saber que são com eles. E ainda leem que você cancelou o feed. Ou seja, você já fica com a pulga atrás da orelha se é com você e fica com um pé atrás com a pessoa.O chato, na verdade, é quem deu a indireta e não o que escreveu algo que desagradou. Se discordou do que o coleguinha escreveu, opine. Mas se achar superior a ponto de "não vale a pena discutir" é tão babaca e arrogante quanto ir depois opinar de forma indireta no próprio mural.

Nunca foi motivo de excluir alguém do Facebook ou cancelar feed quem levanta polêmicas, fala o que pensa (mesmo que o pensamento seja o oposto do meu) - na verdade eu até gosto de conhecer outros pontos de vista. Então eu vejo alguém cancelando o feed por não gostar ou concordar com o que o outro escreve e ainda publica isso no mural! Eu enxergo essa atitude como alguém que foge da realidade. Para não ver ou saber o que te desagrada, você tira da sua frente, mas ele continua existindo. A rede é social, mas parece que as pessoas a querem para vontades individuais.

Aceitar o diferente parece muito difícil e eu vejo nisso a causa de grandes problemas da humanidade. O tom agressivo no Facebook me assusta, as pessoas realmente se sentem muito fortes atrás de um teclado. No Twitter é metralhadora giratória, se acertar, acertou. No Facebook é tiro ao alvo, mas os estilhaços pegam nos demais também. E eu cansei de ser ferida.


Priscilla
Priscilla

Mãe, esposa, jornalista e dona de casa. Adora cuidar do lar, de música e gatos. Aquela dos olhos coloridos.

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