Um fim de semana em Ilha Grande

Em agosto meu marido foi participar de uma corrida de aventura em Ilha Grande, localizado na Costa Verde daqui do Rio de Janeiro. O lugar é encantador e eu fui algumas vezes para lá, ora acampando ora em pousada de férias ou em um fim de semana mesmo. Dessa vez fomo sem pensar em passeios e praia, afinal ele iria correr 21 km em trilha e depois ele deveria querer descanso. Deveria.

Saí do trabalho mais cedo para poder pegar a estrada sem trânsito, mas acabamos que pegamos um engarrafamento chatinho. Chegamos às 21h em Mangaratiba e deixamos o carro na casa de uma senhorinha que aluga a garagem para estacionamento de viajantes.Fomos comprar as passagens para a barca de Ilha Grande e a fila já estava imensa! Conseguimos pagar o valor de R$4,50 ainda, porque desde o dia 04/09 a passagem de ida e volta foi para R$14! A barca sai às 22h, mas nesse dia saiu atrasada em quase meia hora. Chegamos à ilha meia noite e mortos de sono. Fomos para uma pousada e capotamos na cama de sono!

No dia seguinte acordamos cedinho para o meu marido pegar o kit de corrida e ir para a maratona dele. Tomamos um café da manhã maravilhoso e fui acompanhá-lo na largada! Depois que ele foi correr, aproveitei a manhã de sol para passear sozinha pela Vila do Abraão. Eu já a conhecia, mas aproveitei para fazer tudo mais devagar e registrando os momentos. Como a corrida começou pela praia do canto, em direção à Cachoeira da Feiticeira, eu fui para o lado oposto.

Antes de chegar à praia de Abraãozinho eu voltei e fui para a pousada trocar de roupa e pegar dinheiro para fazer compras nas lojinhas! Comprei umas bijous muito bonitinhas e umas baboseiras para comer. Pelo cálculo, meu marido já deveria estar chegando e voltei para o ponto onde ocorreria a chegada. Como a corrida começou quase às 11h, ele chegou com o sol à pino na cabeça e eu também já começava a sentir o efeito dele. Fomos para a pousada para ele tomar um banho e fomos almoçar (isso já devia ser umas 14h).

Bem na rua da igreja da Vila de Abraão, na esquina com a rua da praia tem um restaurante simples, decidimos comer por lá - tinha uma música boa rolando ali. Não sei se pela fome que eu estava, mas estava tudo MUITO delicioso, pela simplicidade que é - arroz, feijão, batata frita, salada e peito de frango grelhado - e bem baratinho. Dali fomos passear em outras lojinhas, fechamos um passeio de volta inteira na ilha de lancha e voltamos para a pousada.

À noite fomos jantar em uma creperia que também fica na rua da praia. Já virou lei toda vez que vamos à ilha comer crepe. Só que o local que íamos antigamente fechou e acabamos indo a essa, cujos donos são argentinos. A comida é gostosinha, mas o atendimento era extremamente confuso e só aceitavam dinheiro. À noite tinha esfriado consideravelmente e acabamos voltando para a pousada depois.

No dia seguinte havíamos acordado cedo para fazer o passeio de lancha e corremos para arrumar as mochilas e tomar aquele café da manhã! Ao chegar na lojinha que iria nos levar ao passeio descobrimos que a lancha não estaria de volta para pegar a barca das 17h30. O que o rapaz do dia anterior tinha dito - que chegaríamos às 16h30, foi desmentido pelo piloto da lancha. Ou seja: tivemos que pegar o dinheiro de volta e arrumar outra coisa para fazer. Como nossas bolsas tinham ficado na pousada, decidimos na hora o que fazer.

Eu não iria pegar outro passeio mais curto, porque eu já conhecia eles (Lopes Mendes e meia volta na lancha). O único passeio que eu não tinha feito era a volta inteira e isso não dava. Eu tinha duas opções curtas: Cachoeira da Feiticeira ou Dois Rios. Meu marido já tinha passado por Dois Rios enquanto corria a maratona e eu achei meio injusto com ele ter que gastar as canelas novamente repetindo o trajeto, mas ele estava mega disposto e votou em Dois Rios, sem titubear.

Eu sabia que a trilha era longa e havia adiado esse passeio por todas as vezes que fui à Ilha Grande, mas aceitei. Nos primeiros minutos de subida já estava me arrependendo de tão cansada que estava e do calor que fervia meus miolos. São duas horas e meia de ida e o mesmo para voltar (esse tempo no meu passo). Quem quiser saber como foi essa trilha pode assistir o vídeo abaixo.

Dois Rios é um lugar bem bonito e uma praia ótima para ficar no mar sem hora para sair. Os dois rios que ficam em cada ponta da areia também são bem tranquilos. É ótimo mesclar a água salgada com a doce. Antes e ir embora dei um mergulho no rio só para limpar o sal e voltar sem ficar "colando" e com sal na cabeça.

Na região ainda há um presídio que virou museu (entrada gratuita). A volta foi cansativa, mas valeu cada suor. Chegamos e deu tempo de tomarmos uma chuveirada na pousada (que benção deixarem isso, mesmo após o checkout) e comermos um sandubinha em uma lanchonete ao lado da igreja.

Pra variar, a barca saiu atrasada e LOTADA! Fui em pé o trajeto todo. Chegamos à Mangaratiba umas 19h30 e corremos para pegar o carro e voltar para casa. A parte chata foi que pegamos um trânsito gigante na Rio-Santos e acabamos chegando em casa quase 22h.

Para quem mora no Rio essa escapadinha no fim de semana é mais do que recomendada!

Quem quiser informações do estacionamento e pousada vou colocar ao final do post.