maio 30, 2015

Corrida de rua: Bravus Race RJ


Olá! Meu nome é Rodrigo Fonseca, formado em Educação Física - devidamente registrado pelo, CREF - e estarei aqui no Blog da Priscilla como colaborador na parte de assuntos relativos a esportes, principalmente a corrida de rua. Desde a infância o vício pelos esportes era notório: natação, futebol, basquete, vôlei, etc. Era esporte? Eu estava dentro! Mas a modalidade que realmente me apaixonei e me identifiquei foi a corrida. Em 2004, um amigo me apresentou à competição e desde lá não parei mais. Atualmente estou em preparação para a Maratona do Rio de Janeiro 2015, em julho.

Hoje vou falar sobre a Bravus Race, que surgiu no Brasil em 2014 trazendo um novo perfil para os viciados em corridas: o obstáculo. Denominando-se a mais desafiadora e importante corrida de obstáculo do país, ela cria uma atmosfera para o participante superar seus limites, criando metas físicas e mentais para mostrar o que cada um é capaz. A prova pode ser disputada individualmente ou em equipe de cinco participantes.

No ano de 2014 a prova foi disputada com uma etapa, tendo como estados participantes Rio de Janeiro, no Centro de Educação Física da Marinha (CEFAN) e São Paulo (Jockey Club). Este ano a equipe Bravus ampliou seu campo de batalha estendendo para Minas Gerais e Brasília, ambas com a Etapa Speed. A cidade de São Paulo foi a única que ampliou as etapas, tendo a Speed (5 km - 15 obstáculos), Arena (3 km - 8 obstáculos) e Monster (10 k - 23 obstáculos). Rio de Janeiro permaneceu com a logística de 2014, com seus 5km e 15 obstáculos.



Minha participação no último ano foi desafiadora, uma mistura de insegurança, adrenalina e ansiedade. Estudei várias vezes os vídeos postados pelos participantes de São Paulo para saber como seriam os desafios. Alguns obstáculos, como o King Kong (travessia em barras suspensas) e Sibéria (piscina de gelo), foram os dois obstáculos que eu temia. 

Cheguei cedo ao CEFAN e aproveitei para sentir a atmosfera do local e tentar baixar a adrenalina vendo a chegada das baterias, essas que largavam a cada 10 minutos.

O início foi um balde de entusiasmo, entrávamos no hall de largada onde era feito o aquecimento da bateria. Em seguida para chegar ao pórtico de largada, os participantes tinham que enfrentar um muro divisor, e ali já víamos o que esperar pela frente. Antes de largar, eram passadas as regras de segurança da prova e feito o juramento Bravus.

A largada foi feita com sinal sonoro e fumaça colorida e ali iniciava uma das melhores e mais divertidas provas que participei. Os obstáculos começavam 500 m após a largada, campo minado (pneus), barricada (muro), teia de aranha (rastejar por baixo de uma rede). Esses eram obstáculos fáceis, para aquecer. O quarto era a tão temida Sibéria, e eu não pensei para passar, ao me deparar com o tanque de gelo, olhei para o que havia menos pessoas e logo subi a escada e me joguei lá dentro, sem pensar, sem olhar, sem respirar. Apenas queria passar por ele. E foi assim, difícil de respirar, sufocante, mas completado. Chegava quase a metade da prova e o obstáculo seguinte era o Brutus (carregar um atora de madeira por um circuito), muro das lamentações (2,20m de altura), 1ª guerra (rastejar por uma trincheira enlameada, Vietnã (12 metros rastejando na lama) - os dois primeiros cansativos e os outros bem tranquilos, era mais para sujar. 

Chegou então meu carrasco, o único que não consegui completar direito, e o que parecia mais tranquilo, Quebra Nozes, que tinha o objetivo de passar por uma tora de madeira, porém faltou equilíbrio suficiente. A prova ia se encaminhando para a segunda metade e vieram os obstáculos mais duros. Alcatraz (carregar 20kg de cimento preso a uma corrente por um campo de areia), cansa bastante e pra mim um dos mais desgastantes. Monte Bravus (uma espécie de half pipe - pista de skate), precisei de duas tentativas para passar, pois é preciso de força explosiva na corrida e colaboração da galera que já passou, porém a atmosfera de ajuda, cooperação, incentivo fazia desse obstáculo o mais divertido, gerando agrado por todos que ali estiveram. 

Para relaxar um obstáculo extra no percurso, aproveitando a área naval de treinamento da Marinha. Chegada então a hora do King Kong, olhei, pensei, testei e resolvi... vamos embora... tá na hora... me agarrei nas barras e ali fui passando pelas 24 barras. Ao chegar do outro lado vi que não era um bicho de sete cabeças, apesar de olhar muita gente "grande" caindo na metade. O próximo obstáculo era o Por um Fio (muro de 4,5m), nele o participante tinha que subir por uma corda e ultrapassar o muro... medo de altura? Alguns tinham e digo, lá de cima parece mais sério do que lá de baixo. O final da prova foi de choque, literalmente, (1009 voltas) e calor (Fogo do inverno). A primeira passava por uma área com fios desencapados e se acertava, humm. O segundo relativamente bobo, era pular um pouquinho de brasa, sem nenhuma dificuldade. E ali terminava a prova. Foram 5km que passaram sem sentir. Eu correria mais 5km se tivesse, mas não deixaram...

Medalha no peito e a satisfação de ter encarado meus medos em um desafio novo.

Este ano a prova está chegando e acontece neste domingo, dia 31 de maio! A expectativa é imensa, a adrenalina já pulsa na veia e a ansiedade eu nem digo... a mil! A prova de 2015 traz obstáculos novos (pelo menos foi em São Paulo), como o Vertigem, uma espécie de tela onde o participante tem que subir e rolar por cima da tela. Swing do Gorila (brincar de Tarzan no cipó), Presente de Grego (carregar um balde com 20kg de pedras), Serra Pelada, que são várias fossas na qual você tem que escalar na lama e Meia tonelada, carregar um saco de 20kg por um circuito. Haja coluna e joelho, né?





A Bravus já divulgou alguns obstáculos montados e a expectativa é a melhor.

Devido à uma lesão no músculo grácil (região póstero-medial) da coxa esquerda, tive dificuldade para treinar, diferentemente da última edição, mas estou confiante no meu desempenho. Este ano terei a companhia de um amigo. Inicialmente montaríamos uma equipe, porém três pularam do barco por motivos pessoais e então foi somente nós dois que encaramos e, apesar de nos inscrever em dias diferentes, caímos na mesma bateria, mais um motivo para dizer que nós tínhamos que participar juntos. A ideia de correr com alguém ali, próximo, para ajudar é diferente de estar sozinho. Mesmo que seja uma prova onde todos se ajudam, incentivam e estendem a mão quando você precisa, ter uma pessoa com você é ao mesmo tempo confortante no sentido de contar com qualquer necessidade e alguém que motive a cada passo, e vice e versa.


É isso, a Etapa Speed da Bravus Race 2015 Rio de Janeiro está logo aí. Minha bateria será a 10ª, saída as 9h15. Como será? Já já conto pra vocês.... aguardem a lama!



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Priscilla
Priscilla

Mãe, esposa, jornalista e dona de casa. Adora cuidar do lar, de música e gatos. Aquela dos olhos coloridos.

4 comentários:

  1. gente, que loucura! parabens pela participação em um evento como esse!

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  2. É muito louco!!!!!!! Acabei de participar da monster em sao jose dos campos passei muitos obstáculos com dificuldade,pois não treinei o necessário, mas o espirito de equipe durante a prova é realmente impressionante... Ano que vem eu volto melhor preparado.....Clayton Porto de São Paulo..... Vamos BRAVUS!!!!!!

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    Respostas
    1. Isso aí guerreiro! A Etapa Monster realmente é mais cansativa e a preparação fundamental. Mas é uma experiência diferente e gratificante. Parabéns pela garra, treine bastante que na proxima você irá tirar de letra. Abraços e não deixe acompanhar as próximas dicas. 💪

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