setembro 09, 2015

Fim - Fernanda Torres



A minha meta do 101 Coisas em 1001 Dias incluía ler um livro por mês e eu estava muito bem dentro dessa meta. Ainda que as resenhas tenham parado, as leituras só cessaram em abril. Hoje trago o exemplar que li em março, que foi a obra Fim, de Fernanda Torres. Esse exemplar é da minha mãe, estava nas coisas dela há um tempo e resolvi pegar emprestado. Ouvi dizer que algumas pessoas riam dele ao ler, mas eu não consegui esboçar nenhuma puxadinha de canto de boca. 

Talvez porque eu tenha me colocado no lugar da minha mãe, que ao ler se deparou com algumas possibilidades de fim - e vejo que cada dia mais ela se assusta com as chances de um final semelhante ao que aconteceu com alguns personagens. A morte nunca foi tabu pra mim, mas eu não vi graça alguma mesmo. Palavrões para parecer divertido não fazem a minha cabeça, tem que ser algo espontâneo e não encontrei isso nas páginas. Perversão tão pouco. Foram 200 páginas que li querendo que acabassem logo. 



A publicação traz a história de cinco amigos e suas questões sobre mulheres, sexo, trabalho, lazer e manias. Cada capítulo fala da vida de um, sendo que alguns são voltados aos coadjuvantes da história de cada um (ou de mais de um ao mesmo tempo). Há relatos de uso de drogas, suruba, traição, entre outros temas que ninguém associaria a um grupo de velhinhos. Mas eles um dia foram novos - e mesmo os idosos que continuam a viver transgressivamente, deixam alguma lição.

De acordo com a editora Companhia das Letras, que publicou o livro: 

"Álvaro vive sozinho, passa o tempo de médico em médico e não suporta a ex-mulher. Sílvio é um junkie que não larga os excessos de droga e sexo nem na velhice. Ribeiro é um rato de praia atlético que ganhou sobrevida sexual com o Viagra. Neto é o careta da turma, marido fiel até os últimos dias. E Ciro, o Don Juan invejado por todos - mas o primeiro a morrer, abatido por um câncer. São figuras muito diferentes, mas que partilham não apenas o fato de estar no extremo da vida, como também a limitação de horizontes. Sucesso na carreira, realização pessoal e serenidade estão fora de questão - ninguém parece ser capaz de colher, no fim das contas, mais do que um inventário de frustrações."



Depois desse livro eu dei uma brochada (como os personagens se referem várias vezes) de ler.  Não vou culpar a autora, porque leio os artigos dela e acho interessante, só que esse livro não trouxe nada de mais para mim, não agregou em nadica de nada! 

Além disso, brochei também pela fase inicial da gestação. Vieram os enjoos da gravidez e aquele sono dementador e há um mês voltei a ler. Continuarei a manter a conta de 12 livros em 2015. 

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Priscilla
Priscilla

Mãe, esposa, jornalista e dona de casa. Adora cuidar do lar, de música e gatos. Aquela dos olhos coloridos.

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