Olá atletas,
Sem dúvida a experiência mais
intensa em uma corrida de obstáculos. Assim foi como terminei a Bravus Race –
Etapa Speed Rio de Janeiro que rolou no último domingo (10/4) no Jockey Club
RJ.
O dia já prometia um sol de
rachar e a expectativa para a primeira prova do ano em um lugar novo já
aumentava a adrenalina. Encontrei um amigo que fazia parte da equipe e fomos
para a Lagoa Rodrigo de Freitas, onde deixamos o carro e de lá seguimos a pé
para o Jockey. Para chegar à arena, era preciso passar por um túnel e me
remeteu a entrada de um jogador no estádio, uma entrada na arena de combate dos
gladiadores, algo diferente do que estava acostuma do a presenciar. O cenário
era o melhor possível com uma vista perfeita do Corcovado e a Pedra da Gávea brilhando
com o Sol da manhã, só isso já bastava e já valia o valor da inscrição, mas o
dia só estava começando e a essa altura estava sendo dada a primeira largada, a
Bateria Elite, que premiaria os primeiros colocados com troféus.
Encontrei com o restante da
equipe e fomos aos procedimentos normais, fotos, guarda-volume, banheiro e...
mais nada, pois já chamavam a Bateria 4, que se uniu a 3 pois estava um pouco
vazia, e fomos ao aquecimento, com corrida, burpees e animação. O tradicional
muro nos separava da linha de largada e já dava pra testar o
"primeiro" obstáculo.
O comandante da prova deu as
instruções de segurança e, acompanhado dos atletas, urravam os 10 mandamentos
da Bravus. O coração já acelerava na contagem regressiva e lá fomos para a
"batalha", centenas de atletas em busca de diversão, cooperação e
superação.
O início da prova foi com uma
corrida na pista de corrida do Jockey, areia meio fofa e uma maneira ainda
melhor de aquecer o corpo para o primeiro obstáculo, que veio logo após retorno
ao gramado, a "Barricada", um muro de 1,50m onde primeiro deve-se
pular e no segundo passar por baixo. Poderia ter mais um muro, como já tinha
visto na primeira edição, lá em 2014. Novamente voltamos a correr um trecho
aguardando o próximo obstáculo, e adivinha que m era? Sim, a temida
"Sibéria", uma piscina de gelo para dar uma "leve" quebrada
no calor, e olha que esse ano ela estava caprichada e fazia muita gente tremer,
mas conhecendo os "paranauê"
do obstáculo deu pra tirar de letra e até que entraria novamente nela. Será
mesmo? rs
Em seguida, veio o
"Vietnã" e todos rastejando na lama pra não se enroscar nos arames
farpados a poucos centímetros da cabeça. Um caminho mais longo que o
tradicional e bem mais enlameado, o final foi um corpo coberto de lama pura.
Durante o percurso foram colocados alguns montes de terra como uma pequena de
trilha, para quebrar o clima da corrida, nada tão exagerada ou com grau de
dificuldade elevada. o quarto obstáculo era uma das novidades da Bravus 2016, o
"Crazy Monkey" (Macaco Doido), a tarefa era a mesma do "King
Kong" das últimas edições, porém ao invés de passar por barras fixas, era uma
espécie de volante que girava com o peso e movimento do corpo do participante,
o que causava maior grau de dificuldade. Confesso que, apesar de cumprir até o
final o obstáculo, esse deu um trabalho danado, fiquei quase uns 40 segundos
pendurado na mesma roda, pois não conseguia desvirar para seguir em frente. Fui
firme e, apesar do cansaço do obstáculo, consegui completa-lo. Dois integrantes
da equipe caíram nesse.
Este ano a Bravus Race se
preparou para os que não conseguiam passar direto dos obstáculos. Para estes
participantes era imposto fazer 20 burpees como tarefa e assim seguir a
corrida.
Quinto obstáculo do dia,
"Meia Tonelada", um delicioso saco com areia no ombro sendo carregado
pela lagoa presente no Jockey Club, um caminho de 200m que demorava a passar.
No retorno tropecei em um pneu que demarcava o trecho para voltar e deixei o
saco cair na água, o que fez o peso ficar um pouco maior.
Mais um trecho de corrida e logo
chegamos ao sexto obstáculo, o "Grilo Louco", mais uma novidade
Bravus Race. No início tínhamos que subir em uma plataforma e ficar em cima de
um platô. A tarefa era pular sobre uma cama elástica (jump desses de academia) para chegar a uma barra ao estilo
tirolesa. Pra mim foi o mais divertido e aguçou ainda mais a vontade que tenho
de fazer tirolesa. Nesse obstáculo via muita gente não conseguindo passar pelo
fato de ao tocar no jump, dobrar os
joelhos o que fazia amortecer a queda e não transferir a força do impacto a
favor, lançando a pessoa para cima (fica a dica profissional da brincadeira
;)).
A sétima tarefa do dia era o
"Treinamento Ninja". Uma piscina foi montada no Jockey e a estrutura
abrigava várias cordas nas quais o participante deveria subir para tocar um
sino, simbolizando que o mesmo tinha completado o obstáculo.
Neste momento os braços já
pesavam um pouco no corpo e o oitavo obstáculo, o "Muro Invertido",
veio testar esse sentimento. Apesar das ripas de madeira, o muro exige um pouco
de técnica e força para vencer a gravidade que te joga pra trás. A experiência
de já ter escalado montanhas me ajudou no obstáculo me favorecendo de algumas
técnicas para passar pelo muro com tranquilidade.
E acha que acabou por ai a
brincadeira de pular muro? Não quando se depara com a "Muralha da
China", nono obstáculo do dia, com 2,70m para ninguém botar defeito. Tudo
bem que tinha uma ripa para auxiliar, mas não era tão fácil a tarefa para
muitos participantes. Fiquei surpreso por ainda ter força nos braços para me
erguer e conseguir completar, de certo modo, com tranquilidade também.
O trecho de corrida continuava
até voltarmos pra pista de corrida do Jockey e agora a bola da vez era fazer
dos participantes um obstáculo pra si. Isso mesmo, o "Resgate"
consistia em levar um colega nas costas em meio a areia até um ponto, onde
havia a troca de posições, ou seja, quem era resgatado agora tinha que resgatar
o parceiro. A equipe de STAFF permitia que a tarefa fosse feita em trio, onde
duas pessoas levavam a terceira em forma de cadeirinha.
Um posto de hidratação para
refrescar a cuca e a volta para o gramado
foi tranquila com o obstáculo "Teia de Aranha", relativamente
fácil onde só requer andar agachado para ultrapassar. Na etapa São Paulo esse
obstáculo foi colocado junto ao "Campo Minado", que são os pneus
espalhados pelo chão, daí deve ter dado um pouco mais de trabalho, porém este
obstáculo sumiu na etapa Rio, apesar de ter sido informado no guia do
participante.
O 12º obstáculo era de peso, e
que peso! O "Presente de Grego" literalmente faz jus ao nome. Um
balde era distribuído ao participante que deveria encher com pedras e terra até
um nível e carregar no ombro por um trajeto demarcado. O negócio é incomodo e
realmente cansa. Mas quem é Bravus supera seus limites e lá estávamos para
garantir 100% de passagem no dia.
E adivinha que voltava a aparecer
para os participantes. Sim, ele, o "Muro das Lamentações" e seus
2,20m de altura. E foram dois desses que deveríamos ultrapassar. Tarefa
tranquila, mas a essa altura para muitos já era difícil pelo excesso de tarefas
com pesos do percurso.
Com os ombros calejados o 14º
obstáculo veio para mostrar quem ainda conseguia levantar algo. O "Força
Motriz" delegava a função de carregar um galão de água, de aparentes 20
litros, por um circuito limitado, a cada passo parecia que o peso estava
aumentando.
O mais esperado estava por vir no
15º obstáculo. O famoso "Monte Bravus"! Nesse a superação, a garra e,
principalmente, a cooperação são fundamentais para ultrapassar. A equipe "Enlameados" mostrou que estava
unida e fez bonito neste obstáculo. O primeiro a chegar ao topo fui eu e de lá
pude auxiliar e ajudar meus companheiros. Um a um foi conseguindo ultrapassar,
porém a menina que estava com a gente tinha um pouco de dificuldade. Daí nossa
estratégia foi colocar um rapaz de ponta cabeça no meio da rampa para
facilitar, e deu certo, ele ficou de âncora enquanto o restante da equipe
auxiliava o resgate. Equipe completa novamente, hora de seguir em frente.
Nesta edição, a Bravus criou o
"Monte Bravus 2.0", uma rampa auxiliar um pouco mais alta que a
tradicional para quem quer testar seus limites. Porém nesta fui informado que
cada participante só teria duas tentativas, caso contrário, pagava a prenda com
burpees.
Em seguida, o
"Vertigem", não tem grandes dificuldades. Basta subir a rede, rolar
na parte superior e descer do outro lado. Algumas pessoas encontram problemas
devido a altura e no manejo pela rede, mas nada que crie uma situação
desesperadora. Mas um completo!
O final da prova se aproximava,
mas ainda faltavam dois obstáculos a serem ultrapassados. O 17º da lista foi o
"1000 volts" que me frustrou no ano passado por parecer desligado, já
que eu abracei os fios e não aconteceu nada. Desta vez, paguei pela língua e
por todas as edições passadas, era cada pancada que sentia o joelho amolecer no
caminho com sensação de quase cair. Realmente estava ligado... e bem ligado!
Pra terminar o "Fogo do Inferno", qua ainda
pode ser melhorado na minha opinião, apesar de que agora esta mais ousado e de
fato já dá pra sentir o calor das chamas. Mas que não cria problemas.
Final de prova e a equipe
"Enlameados" seguiu firme até o final. Muita diversão em cada
obstáculo e durante todo percurso. Para os novatos, uma prova diferente do que
estava acostumado, mas já pensando na próxima etapa que já tem data marcada, 04
de setembro. A única dúvida é se o local permanecerá no Jockey, que por mim
está aprovadíssimo, e qual será a nova etapa, que parece ser a
"Arena". Fica a ansiedade para saber a resposta em breve. O pós prova
teve hidratação, fotos e simulado de alguns obstáculos para o pessoal treinar e
tirar fotos, como os muros e o treinamento ninja.
É isso ai atletas, agora é
aguardar novas informações da Bravus Race, e assim que saírem eu informo aqui.
Até a próxima!
Como funciona essa competição por equipe??? é só pra todo mundo ir junto, todos têm que fazer o obstáculo? compete contra outras equipes??? e as pessoas que correm individualmente??? quero participar e to perdido
ResponderExcluir