Quando Ivan fez um ano iniciamos uma nova fase na alimentação dele – extinguimos qualquer comida pastosa que pudesse haver que não fosse purês. Se antes a comida dele era feita separadamente da nossa, ele passou a comer o mesmo que nós. Exceto pelos embutidos, que ainda não ofereço e nem sei quando oferecerei. O fato é que nas refeições principais Ivan já divide conosco o mesmo cardápio. O tempero é o mesmo, inclusive.
Já no café da manhã, o desjejum é feito com frutas. Sempre. Disso eu não abro mão. Pode entrar, bolo, pães e tapica. A fruta é a primeira coisa a oferecer. Raramente dou suco de fruta a ele, então quando dou não fico na neura de “ele está tomando a fruta e não comendo-a” ou “ele está perdendo as fibras”. Aqui basicamente sou bem sossegada quanto a alimentação do Ivan, até porque ele já é alérgico a leite, então isso já restringe muito a alimentação dele.
Outro motivo é porque tanto eu quanto meu marido somos adeptos de uma alimentação saudável sem neuras. Isso significa que preferimos alimentos naturais aos industrializados, prefiro eu mesma fazer meu tempero caseiro, meu molho de tomate e biscoitos, mas se precisar comprar vou comprar pronto, mas escolhendo dentre aqueles que é mais próximo o possível do natural.
Outro detalhe da alimentação dele é que depois que ele fez um ano passei a adoçar bolos, biscoitos e outras coisas com mel. No início ele estranhou, mas como bom filho de Priscilla, logo captou toda a essência do doce. Ao longo desse primeiro ano fui trocando mel por açúcar mascavo e o cristal orgânico chegou agora no final, com ele já quase fazendo dois anos. Uso em bolos e biscoitos apenas.
Ivan experimentou muitos alimentos ao longo desse ano, dentre eles está o picolé de frutas, uva (que eu morria de medo dele engasgar) e assim como pipoca (mesmo motivo). Pipoca ele foi provar na escola, mas em casa nunca ofereci. Aproveitei para inovar nos sabores de bolo indo desde o tradicional chocolate (cacau 100% sem açúcar) até o de maracujá.
Tivemos altos e baixos na alimentação também. O que era muito fácil (ele comia muito bem), passou a ser um teste de resistência pra mim. Antes era apenas quando os dentes nasciam, agora é porque o Terrible Two já chegou. Comprei vários pratinhos, colheres e inovei também na apresentação dos pratos. Variei cardápio, fiz até finger food do trivial (almôndegas, kibe de abóbora, nugget de peixe, bolinho de arroz, batata canoa) e nada funcionava.
Hoje é assim: ele come muita variedade, mas tem que estar em um dia bom. Ele aceita bem apenas quando o pai oferece comida a ele. Comigo ele sabe que terá que comer sozinho. Eu até dou na colher pra ele, mas quero que ele também tenha a dele. Falando nisso, ele já come sozinho, sabe usar garfo, ainda que a colher tenha um pouco de dificuldade ainda. Mas a preguiça, mermão, ela atrapalha tudo. E Ivan se entrega muito fácil a ela.
Sei que é fase e passa, como tantas que tivemos, por isso apenas eu relevo e respiro tranquila. Vejo que tem dia que ele senta ao meu lado e come normalmente. Quando vejo a autonomia dele bebendo suco no copo e na caneca sem auxílio de bico me dá orgulho. Quando ele toma café da manhã sozinho, pegando pão e o leite de coco como gente grande, quando pega o prato e leva até a pia e, principalmente, quando acaba de comer e fala: “mais!”.
O segredo é não forçar e tornar esse momento um estresse. Equilíbrio é a solução.
No vídeo abaixo falei sobre como era a alimentação do Ivan quando ele fez 1 ano. Veja e acompanhe a diferença.