O Brasil é um país de clima diverso, com zonas equatoriais,
tropicais e polar atlântica. Sua imensa extensão geográfica apresenta regiões
com peculiaridades que afetam diferentemente o cabelo em cada cidade e estado.
Praia e campo, cidades poluídas ou regiões de semiárido impactam de maneira
diversa na qualidade e aparência final dos cabelos.
O verão de 2018 estará sob a influência do fenômeno
meteorológico conhecido como La Niña, de intensidade fraca. La Niña é o
resfriamento das águas do Oceano Pacífico e deve perdurar até março. Com isso,
as chuvas vão ter um comportamento diferente dos anos anteriores, serão mais
intensas no Sudeste e Centro-oeste e vão se igualar as que acontecem no Norte e
Nordeste, que nesta época são mais intensas. Isso significa que será um verão
bem chuvoso no Brasil inteiro, com exceção da região sul, afetando diretamente
a qualidade do cabelo e o estilo do penteado.
Ambiente úmido significa cabelo arrepiado. Portanto, o verão
de 2018 é tempo de controlar o frizz capilar com muito mais cuidado, já que
todos os tipos e condições de cabelo serão muito afetados. Instituto Amend –
Grupo de pesquisa da Amend Cosméticos - realizou um estudo e identificou
algumas características e soluções para consumidores de todo o Brasil
COMO A UMIDADE
EXCESSIVA DESQUALIFICA E AFETA A APARÊNCIA DO CABELO
O cabelo é formado por uma macro proteína denominada
Queratina. Estas estruturas proteicas são conectadas através de 2 tipos de
ligação química. A primeira é a partir das pontes de enxofre, também conhecidas
como pontes dissulfeto, onde os átomos de enxofre se ligam formando uma ligação
forte e não sofrem a interferência da umidade presente no ar.
Mas, o segundo tipo de ligação entre as cadeias proteicas da
queratina é formada por átomos de hidrogênio, que desfavorece a força entre as
moléculas de queratina e são tremendamente afetadas pela quantidade de água
sobre a superfície do fio de cabelo. Com a alta umidade presente em dias
chuvosas, forma-se uma grande atração iônica entre as moléculas de água do
ambiente externo e o hidrogênio presente na proteína do cabelo, causando dobras
e levantamentos na superfície da cutícula, o que doa o aspecto ondulado e
eriçado ao penteado.
Veja como o cabelo deve ser cuidado em cada macrorregião
brasileira.
CABELOS NO SUDESTE
& O VERÃO
Paulistas, cariocas, mineiras e capixabas vão ter que se
cuidar com muita atenção, pois ventos fortes e chuvas intensas, intercaladas
com a passagem de frentes frias, sob a ação de massa de ar quente vão judiar do
cabelo neste verão, e principalmente para quem tem cabelo muito comprido ou
quimicamente afetado por descolorações, colorações ou processos de alisamento e
remodelagem capilar.
Somente a região do leste e centro oeste mineiro vai ter o
privilégio de mais dias ensolarados e sem tanta umidade no ar.
O que fazer: Na rotina diária das mulheres do sudeste é
importante cuidar da reestruturação do fio de cabelo, evitando áreas
danificadas, que podem aumentar a probabilidade de formação de pontes de
hidrogênio na queratina, causando o frisado.
VERÃO NAS CABELEIRAS
NORDESTINAS
Ao contrário do que ocorreu nos últimos anos, haverá mais
chuva nos estados da Bahia, Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará,
Maranhão e Piauí. As temperaturas serão bem elevadas e em muitos dias podem ultrapassar
a faixa dos 35°C. A alta umidade do ar somada ao calor excessivo vai danificar
muito os cabelos de quem vive nestas regiões, causando desidratação,
descoloração e muito arrepiado.
O que fazer: Para o dia a dia da nordestina, onde a
exposição à radiação solar é constante, é importante aplicar um finalizador
enriquecido com lipídeos emolientes para formar uma rede que mantenha os
cabelos macios e hidratados. Fluidos bem voláteis, enriquecidos com óleo de
coco grau de cosmético doam textura suave e sensorial leve, além de
proporcionar um alto poder de umectação aos fios. Onde encontrar: Óleo
Umectante Amend Coco.
Para os dias de exposição continuada ao sol, com muita praia
e piscina, é fundamental buscar uma fórmula finalizadora contendo extratos vegetais
hidratantes, como babosa (Aloe Barbadensis) e camomila (Chamomilla Recutita
Flower), combinados com manteiga de karité (Butyrospermum Parkii) e filtro
solar químico (Ethylhexyl Methoxycinnamate). Esse complexo ativo rebate os
perigos da radiação solar UV e infra vermelho de maneira intensiva, evitando o
ressecamento e a desidratação. Onde encontrar: Leave- in Anti Danos Solar
Defense Amend.
O CALOR DO VERÃO NOS
CABELOS DAS SULISTAS
La Niña vai trazer chuvas irregulares e mal distribuídas
para quem mora no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Pode chover
intensamente e até acontecer o granizo em alguns lugares, enquanto que em
outros haverá mais dias sem chuva e o céu ficará aberto. A região sul será a de
menor presença das chuvas e aumento da temperatura em relação aos anos
anteriores, portanto os cabelos deverão sofrer menos com frizz e mais com a
ação oxidativa e descolorante da radiação solar.
UM CALOR DIFERENTE
PARA OS CABELOS NO VERÃO DO CENTRO-OESTE
Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal
vão sofrer a influência da umidade vinda da região amazônica e terão pancadas
de chuvas fortes, com muitos ventos, raios e até granizo. A temperatura média
deverá ser ligeiramente inferior a dos anos anteriores, portanto o que vai
afetar as cabeleiras destas mulheres será a grande umidade presente no ar.
Controlar o arrepiado será a ordem do dia, principalmente para quem tem cabelos
coloridos e remodelados artificialmente.
NORTE, O QUENTE E
MUITO ÚMIDO DO VERÃO DE LÁ
O clima equatorial que domina a região que vai de Roraima,
Tocantins, Amapá, Acre, Pará e Amazonas mantém a umidade e temperatura altos
durante o verão, pois é a estação das chuvas por lá. A presença do fenômeno La
Niña vai afetar tremendamente esta região do país, favorecendo a ocorrência de
máximas de precipitação de chuvas, principalmente no Pará e Tocantins, mais
ainda em fevereiro e março, enquanto Roraima deverá enfrentar um período mais
seco e quente. No norte do país, os grandes volumes de chuva são acumulados e
os dias ficam nublados na grande parte desta estação do ano, trazendo os
maiores volumes de tempestades que acontecem no nosso país. Muita umidade e
muito calor causarão desidratação e frizz aos cabelos das nortistas,
favorecendo o aspecto de fios ao mesmo tempo grudados e eriçados.